Graffiters participavam em desafio quando foram atropelados

Graffiters participavam em desafio quando foram atropelados


A ideia é pintar comboios nos poucos segundos de paragem.


O desafio é habitual entre graffiters: pintar carruagens o mais depressa possível, entre paragens do comboio nas estações, filmar e partilhar a proeza nas redes sociais. Segundo fontes policias, este seria o desafio em que participavam os três jovens que na segunda-feira morreram colhidos por um comboio na Maia.

Segundo o “Jornal de Notícias”, trata-se de uma prática internacionalmente conhecida por “backjump”, na qual os protagonistas normalmente escondem o rosto para não serem identificados, até porque esta é uma prática criminalizada em Portugal. É também frequente que os jovens e adolescentes que participam neste tipo de desafios viajem para vários países de modo a conseguirem grafitar modelos de comboios diversificados. Esta é uma característica da prática que ajuda a perceber a presença de dois jovens espanhóis no local.

Vestígios

Na estação de comboios onde o acidente aconteceu – apeadeiro de Águas Santas-Palmilheira, que se divide entre os concelhos da Maia e Valongo – foram encontradas várias latas de tinta utilizadas para o efeito, o que sustenta estas suspeitas da polícia. Para além das vítimas estarão envolvidos também outros dois jovens que terão fugiram do local antes da chegada das autoridades. A PSP encontrou um Seat Ibiza preto de matrícula espanhola nas proximidades do local do acidente.

Em Portugal, o acto de fazer graffiti não autorizado pelas câmaras municipais configura o crime de dano contra o património cuja pena pode ir de três a 15 anos. Segundo dados avançados pela CP, a empresa tem prejuízos anuais de cerca de 300 mil euros, em média, com os graffitis feitos nos comboios.

Revisor da CP pode ser considerado culpado da morte de graffiters

Jornal i