Jessica Jones.  É esta a super-heroína de que precisamos

Jessica Jones. É esta a super-heroína de que precisamos


A personagem da Marvel é a protagonista da série que estreia hoje no Netflix e que já é considerada “a melhor adaptação de banda desenhada para a televisão”.


A parceria Netflix-Marvel já tinha acontecido com a série “Daredevil”, também disponível no serviço de streaming português, mas ganha hoje outras dimensões com a estreia dos 13 episódios da primeira temporada de “Jessica Jones”. Se “Daredevil” teve dificuldade em conquistar os fãs da personagem da banda desenhada com o mesmo nome, “Jessica Jones” já foi considerada “a melhor adaptação de uma BD para televisão”, garante a “Flavor Wire”, que a põe à frente de outras como “The Walking Dead” ou “The Flash”.

A série baseia-se na banda desenhada “Alias”, criada por Brian Michael Bendis e Michael Gaydos em 2001 – não confundir com a série homónima com Jennifer Garner e pensada por J. J. Abrams –, e acompanha as desventuras de Jessica Jones, uma ex-super-heroína a sofrer de stresse pós-traumático que decide pôr os superpoderes de parte para se dedicar a uma vida mais monótona e abrir a sua própria agência de detectives privados em Nova Iorque. 
Em 2004, e depois de 28 números, a banda desenhada foi cancelada e Jessica Jones, ao lado do marido Luke Cage, passou a heroína de uma outra saga, “The Pulse”, que durou mais dois anos.

A aprovação da série que começa hoje no Netflix chegou do próprio criador, Brian Michael Bendis, que não teve qualquer envolvimento na produção: “Ia ser duro e muito mais duro que qualquer um de vós, até porque ‘Jessica’ faz parte do meu ADN. Uma má série magoar-me-ia muito. Mas é fiel e animada e é tudo o que eu poderia desejar.”

A série passa-se em Hell’s Kitchen e Jessica Jones (interpretada por Krysten Ritter, que já vimos em “Breaking Bad”) é uma detective privada e ex-super-heroína com problemas com o álcool. Mais que enfrentar vilões, Jessica, que ao longo da série resolve apenas alguns casos que se prolongam de episódio para episódio, luta contra os seus próprios demónios e com o passado nas mãos de Kilgrave (David Tennant), um psicopata com o poder de controlar a mente dos outros.

Jessica acaba por ter de voltar a cruzar-se com Kilgrave quando lhe chega às mãos o caso de uma rapariga desaparecida, Hope (Erin Moriarty). Rachael Taylor, Carrie-Anne Moss, Eka Darville, Wil Simpson e Mike Colter, no papel de Luke Cage, compõem o resto do elenco.

Mais que superpoderes, aqui podemos encontrar supertraumas e é por esse motivo que a saga também é considerada a mais negra da Marvel – que deverá ver mais duas adaptações de bandas desenhadas no Netflix. 
Também no Netflix se estrearam este mês mais duas séries, “Master of None”, criada e protagonizada por Aziz Ansari e baseada em alguns dos seus espectáculos de stand-up, e “W/ Bob and David”, uma série de sketches com quatro episódios de meia hora de Bob Odenkirk e David Cross.

“Alias”, da Marvel, é a banda desenhada que inspira “Jessica Jones”. 
A personagem é a protagonista da BD criada por Brian Michael Bendis e ilustrada por Michael Gaydos. Começou a ser publicada em 2001 e durou até 2004, quando Jessica começou a ser o centro das atenções de outra BD, “The Pulse”.