Este trocadilho provavelmente passaria ao lado de um rikishi, o nome que se dá a um lutador desta modalidade. Não apenas por razões linguísticas. O sumo de fruta não faz parte da exigente dieta (que não inclui pequeno-almoço) destes atletas.
Embora o consumo de álcool possa atingir níveis absurdamente altos. Ainda bem que os sekitori, os lutadores mais consagrados, não cabem dentro dos utilitários carros japoneses, pelo menos ao volante.
O treino nem se resume só a comer e dormir para fazer aumentar o peso, apesar de ser obrigatório fazer uma sesta depois do almoço, que consiste num cozido de vários peixes, carne e vegetais, acompanhado por arroz e regado com cerveja.
Há muito músculo debaixo daquela gordura toda, mas isso é uma coisa que só se nota quando o combate começa. Os confrontos podem variar muito no estilo, do choque frontal (a fazer lembrar os duelos entre búfalos), ao combate mais técnico-táctico, em que o principal objectivo parece ser fazer o rival perder o equilíbrio e procurar uma aberta na defesa.
O sumo é, à imagem do país que lhe deu origem, um mundo de tradições e hierarquias, mas as preocupações com a saúde destes atletas têm vindo a aumentar, e pode ser que um dia até seja possível ver um rikishi beber um suminho de
laranja ao pequeno-almoço.