Cascais. O exemplo de um Portugal com muito para mudar

Cascais. O exemplo de um Portugal com muito para mudar


Cascais tem vindo a lutar para reverter a pegada ecológica.


Em 2009, a pegada ecológica de Cascais estava acima da média nacional, situando-se nos 5,2 hectares globais. Esse foi o mote para que a autarquia servisse de case study português para a Global Footprint Network perceber os factores que influenciavam esses valores elevados.

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Num estudo realizado em parceria com o Centro de Estudos e Estratégias para a Sustentabilidade foi possível perceber que cada habitante precisa de 52% de área para absorção do CO2 que produz; de 24% de área agrícola para a produção de alimentos; de 10% de terrenos de pastoreio para a alimentação animal; de 9% para a produção piscícola; 4% de floresta para diversas actividades; e 1% relacionado com a construção (impermeabilização do solo). 

Na altura, uma fonte da autarquia sugeriu que, perante os resultados, seria preciso o equivalente a 79 vezes a área do município para satisfazer as necessidades dos seus habitantes. Perante esta impossibilidade, a autarquia apostou em formas de diminuir a sua pegada ecológica. Assim, nos últimos seis anos, a frota da câmara foi substituída por veículos híbridos com menor consumo de combustível e as lâmpadas de iluminação pública passaram a luminárias LED. Segundo dados enviados pela autarquia ao i, houve igualmente um incentivo ao consumo local e à qualificação dos espaços verdes. Apesar de Cascais não conseguir calcular, com certeza, a actual pegada ecológica, garante que estes são exemplos integrados nos compromissos que assumiu em sede da União Europeia.