Sócrates e Costa são as duas faces de uma má moeda


Justiça e comunicação social são duas das áreas que os socialistas, os de ontem e os de hoje, sempre tentaram controlar e manipular sem qualquer pudor.


© Antonio Carrapato

Os socialistas andaram por aí muito indignados com um programa da RTP sobre justiça e política. A questão era simples e tinha sido levantada pelo eurodeputado Paulo Rangel.

“Seria possível José Sócrates ser investigado e detido com um governo do PS?” Muitas falsas virgens socialistas, que tomam os portugueses por tolos, encheram a boca com a separação dos poderes e coisas do género, exigiram pedidos de desculpa e, claro, pelo caminho insultaram jornalistas e pediram a demissão do director de informação da RTP.

Nada de novo, portanto. Mas não deixa de ser engraçado que os senhores e senhoras do PS não se lembrem do que andaram a fazer aos códigos Penal e de Processo Penal mal chegaram ao governo em 2005, depois de terem levado com o caso Casa Pia em cima.

Usaram o poder para condicionar o funcionamento da justiça e atacar a liberdade de informação. Aliás, em matéria de comunicação social, o historial de crimes socialistas é bem conhecido. Os últimos, cometidos durante a governação de Sócrates, passaram pela tentativa de compra da TVI pela querida PT e da liquidação do semanário “Sol” pela mão do BCP de Armando Vara. E isto para não falar das ameaças, das censuras e do controlo absoluto sobre a comunicação social do Estado.

Mas para quem pensa que tudo isto já passou à história, a reacção ao recente programa da RTP e o comportamento de António Costa numa entrevista à mesma televisão pública revelam que nada mudou no Largo do Rato.

Mudam as moscas, mas o desprezo pela liberdade de informação é uma marca que acompanha os socialistas há dezenas de anos. E se a justiça esteve sempre na mira do PS, o programa de António Costa para as legislativas não deixa a tarefa por mãos alheias. O jornalista José Mendonça da Cruz deu-se ao trabalho de ler o programa socialista e publicou esta pequena pérola.

Diz António Costa que o PS se propõe “valorizar a actividade política, nomeadamente com a garantia de protecção e defesa dos titulares de cargos políticos e públicos contra a utilização abusiva de meios judiciais e de mecanismos de responsabilização como forma de pressão ou condicionamento”. Pois é. Gato escondido com o rabo de fora. Percebe-se agora o barulho que os socialistas fizeram com a pergunta de Paulo Rangel e o debate televisivo.

Armados em virgens e cavaleiros andantes da separação de poderes, é evidente que tudo farão, caso os portugueses os ponham no poder, para alterar de novo os códigos Penal e de Processo Penal a fim de evitar que casos como o de José Sócrates voltem a acontecer.

Perante esta triste realidade, é evidente que a pergunta do eurodeputado tinha e tem toda a razão de ser e a resposta, infelizmente para a democracia, só pode ser uma. Não, com um governo socialista, José Sócrates não seria investigado e muito menos detido preventivamente.

E um governo de António Costa, que foi ministro do executivo de Sócrates que promoveu as alterações aos códigos Penal e de Processo Penal, não perderia tempo em tapar todas as hipóteses de o Ministério Público e a Judiciária andarem a investigar titulares de cargos políticos ou públicos, e muito menos um ex-primeiro-ministro. Tudo isto, claro, para valorizar a actividade política e defender os seus actores da utilização abusiva dos meios judiciais.

Quatro anos depois de ter acabado o pesadelo dos dois governos Sócrates, que levaram o país à bancarrota, Portugal arrisca-se a voltar aos tempos em que a comunicação social e a justiça eram tratadas pelos socialistas como meros instrumentos de propaganda e manutenção no poder a qualquer custo. No fundo, Sócrates e Costa são as duas faces de uma má moeda.

Sócrates e Costa são as duas faces de uma má moeda


Justiça e comunicação social são duas das áreas que os socialistas, os de ontem e os de hoje, sempre tentaram controlar e manipular sem qualquer pudor.


© Antonio Carrapato

Os socialistas andaram por aí muito indignados com um programa da RTP sobre justiça e política. A questão era simples e tinha sido levantada pelo eurodeputado Paulo Rangel.

“Seria possível José Sócrates ser investigado e detido com um governo do PS?” Muitas falsas virgens socialistas, que tomam os portugueses por tolos, encheram a boca com a separação dos poderes e coisas do género, exigiram pedidos de desculpa e, claro, pelo caminho insultaram jornalistas e pediram a demissão do director de informação da RTP.

Nada de novo, portanto. Mas não deixa de ser engraçado que os senhores e senhoras do PS não se lembrem do que andaram a fazer aos códigos Penal e de Processo Penal mal chegaram ao governo em 2005, depois de terem levado com o caso Casa Pia em cima.

Usaram o poder para condicionar o funcionamento da justiça e atacar a liberdade de informação. Aliás, em matéria de comunicação social, o historial de crimes socialistas é bem conhecido. Os últimos, cometidos durante a governação de Sócrates, passaram pela tentativa de compra da TVI pela querida PT e da liquidação do semanário “Sol” pela mão do BCP de Armando Vara. E isto para não falar das ameaças, das censuras e do controlo absoluto sobre a comunicação social do Estado.

Mas para quem pensa que tudo isto já passou à história, a reacção ao recente programa da RTP e o comportamento de António Costa numa entrevista à mesma televisão pública revelam que nada mudou no Largo do Rato.

Mudam as moscas, mas o desprezo pela liberdade de informação é uma marca que acompanha os socialistas há dezenas de anos. E se a justiça esteve sempre na mira do PS, o programa de António Costa para as legislativas não deixa a tarefa por mãos alheias. O jornalista José Mendonça da Cruz deu-se ao trabalho de ler o programa socialista e publicou esta pequena pérola.

Diz António Costa que o PS se propõe “valorizar a actividade política, nomeadamente com a garantia de protecção e defesa dos titulares de cargos políticos e públicos contra a utilização abusiva de meios judiciais e de mecanismos de responsabilização como forma de pressão ou condicionamento”. Pois é. Gato escondido com o rabo de fora. Percebe-se agora o barulho que os socialistas fizeram com a pergunta de Paulo Rangel e o debate televisivo.

Armados em virgens e cavaleiros andantes da separação de poderes, é evidente que tudo farão, caso os portugueses os ponham no poder, para alterar de novo os códigos Penal e de Processo Penal a fim de evitar que casos como o de José Sócrates voltem a acontecer.

Perante esta triste realidade, é evidente que a pergunta do eurodeputado tinha e tem toda a razão de ser e a resposta, infelizmente para a democracia, só pode ser uma. Não, com um governo socialista, José Sócrates não seria investigado e muito menos detido preventivamente.

E um governo de António Costa, que foi ministro do executivo de Sócrates que promoveu as alterações aos códigos Penal e de Processo Penal, não perderia tempo em tapar todas as hipóteses de o Ministério Público e a Judiciária andarem a investigar titulares de cargos políticos ou públicos, e muito menos um ex-primeiro-ministro. Tudo isto, claro, para valorizar a actividade política e defender os seus actores da utilização abusiva dos meios judiciais.

Quatro anos depois de ter acabado o pesadelo dos dois governos Sócrates, que levaram o país à bancarrota, Portugal arrisca-se a voltar aos tempos em que a comunicação social e a justiça eram tratadas pelos socialistas como meros instrumentos de propaganda e manutenção no poder a qualquer custo. No fundo, Sócrates e Costa são as duas faces de uma má moeda.