A união dos táxis (GTL) de Bruxelas avisou esta quinta-feira que iria fazer uma greve contra os serviços da Uber a 16 de Setembro, caso dentro de dez dias o governo não comece a prender os seus condutores e a divulgar os resultados do inquérito de fraude da empresa, avança o "Politico.eu".
Numa reunião em Bruxelas, os taxistas votaram para voltarem a encontrar-se dia um do próximo mês, para decidir se continuam ou não com as ameaças de greve. O secretário-geral da GTL, Pierre Steenberghen, indicou ao "Politico.eu" que “Se a um de Setembro o ultimato não tiver sido respeitado, vamos decidir em concreto que acções levar a cabo”.
A Uber é uma aplicação para telemóveis que põe as pessoas em contacto directo com carros de passageiros que tenham condutor. A GTL considera que a Uber é uma empresa ilegal de taxistas por não seguir as mesmas regras de mercado, e isso motivou protestos em Paris, que surgiram em Junho. A ameaça de caos nas estradas surge agora em Bruxelas pela intenção da Uber de avançar com um serviço especial na capital Belga, que requer motoristas com licença – e cujo serviço é cerca de metade do preço cobrado pelos taxistas.
Em 2014, um tribunal belga considerou a Uber um serviço ilegal, e além de exigir uma multa de 10 mil euros por passageiro aos condutores, já trinta destes foram detidos desde então. Já o vice primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, considera que a Uber pode promover uma competição saudável com os táxis.
