A agência de notação financeira Fitch considera que o risco de uma saída desordenada da Grécia do euro aumento "dramaticamente" com a vitória do 'não' no referendo deste Domingo. Segundo uma nota libertada pela Fitch, "um acordo entre a Grécia e os seus credores oficiais ainda é possível, mas o tempo escasseia e o risco de haver falhas políticas ou de os dois lados pura e simplesmente não chegarem a acordo é elevado".
No mesmo comentário, a Fitch salienta que "a demissão do ministro das Finanças Yanis Varoufakis sinaliza o desejo da Grécia de retomar as negociações com os seus credores, de quem poderá ser possível obter um maior compromisso no que concerne ao alívio da dívida, na sequência do final do programa de assistência financeira, na semana passada".
No entanto, alerta a instituição, mesmo que credores e governo grego regressem à mesa das negociações, "os credores não deverão fazer grandes concessões" e as suas propostas, refere a Fitch "podem ser inaceitáveis por um Governo comprometido com o resultado do referendo".
Neste sentido, a instituição considera "difícil chegar a um acordo, mesmo que preliminar, antes de 20 de Julho", quando a Grécia tem que pagar ao Eurosistema uma tranche de 3,5 mil milhões euros relativa a títulos de dívida que expiram nessa data.