Bárbara Guimarães não vai ser julgada por violência doméstica

Bárbara Guimarães não vai ser julgada por violência doméstica


Relação de Lisboa entendeu não haver indícios suficientes para seguir com caso para julgamento.


O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu ontem que Bárbara Guimarães não terá de ir a julgamento por violência doméstica contra Manuel Maria Carrilho, ao contrário do que tinha sido determinado pelo Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa.

O TIC de Lisboa tinha decidido que Bárbara Guimarães teria de ir a julgamento pelo mesmo crime que Manuel Maria Carrilho. A apresentadora recorreu da decisão e, agora, o tribunal superior concordou não haver indícios suficientes para levar Bárbara Guimarães a julgamento por violência doméstica. A decisão dos juízes foi tomada por unanimidade e já não é passível de recurso.

Carrilho apresentou queixa contra Bárbara Guimarães por não ter conseguido entrar em casa quando regressou de uma viagem a Paris. O Ministério Público começou por arquivar o inquérito. Carrilho recorreu, dizendo sentir-se “profundamente perturbado, ansioso, esgotado emocionalmente, tendo, por via da somatização da situação de extremo sofrimento psicológico a que foi sujeito, apresentado queixas como privação do sono durante várias noites seguidas e perda de peso até aos 56,5 quilos que exigiram acompanhamento e tratamento médico”.

O TIC de Lisboa concluiu em Dezembro que poderia estar em causa “uma conduta de maus--tratos psicológicos” por parte da apresentadora que teria provocado danos na saúde de Carrilho. De acordo com o despacho de pronúncia, quando o ex–ministro da Cultura se ausentou do país, entre 15 e 18 de Outubro, Bárbara Guimarães terá decidido trocar a fechadura da porta “de uma forma fria e calculista”, empacotado “10 mil livros em 107 caixotes”, contratado “uma empresa de segurança privada para impedir o assistente de entrar em casa” e incumbido “um estranho de lhe entregar as chaves”, bem como “privado de quaisquer contactos com os filhos” durante três semanas. “Não se pode desvalorizar o que o assistente terá sentido e o que sofreu com o facto de não ver os filhos, de estar impedido de entrar em casa e ter acesso aos seus bens pessoais e de cariz profissional”, concluiu o juiz de instrução.  

Ao contrário de Bárbara, Carrilho terá de responder em julgamento por violência doméstica. No mês passado, o ex-ministro socialista foi condenado por difamação por ter dito publicamente que a ex-mulher tinha sido violada pelo padrasto.

com Lusa