O vereador socialista da Câmara do Porto Manuel Pizarro afirmou hoje que a “principal obrigação do PS é defender as pessoas”, reiterando que há uma enorme maioria do Porto e do seu partido que “desejava muito” a coligação feita.
No domingo foi conhecido o acordo para o governo da cidade do Porto alcançado entre o presidente eleito, o independente Rui Moreira e o socialista Manuel Pizarro, que prevê atribuir “pelouros a vereadores eleitos” pelo PS.
Hoje, à entrada para a tomada de posse dos membros do executivo e da assembleia municipal do Porto, Manuel Pizarro foi questionado pelos jornalistas sobre esta coligação, afirmando que “há uma enorme maioria da cidade do Porto e uma enorme maioria do PS que desejava muito um entendimento, que é feito em nome de princípios”.
“A principal obrigação do PS é defender as pessoas e as pessoas do Porto precisam de um entendimento que dê mais força a uma governação a favor da coesão social e a favor do progresso da cidade. É esse o meu objetivo”, sublinhou.
O vereador do PS elogiou ainda a abertura manifestada por Rui Moreira para que este acordo fosse possível.
Sobre a presença do presidente da Câmara de Lisboa, o socialista António Costa – que à entrada elogiou a coligação, considerando que os “partidos não se afirmam na mesquinhez e mediocridade do aparelho” mas ao “assumir responsavelmente o seu papel” – Manuel Pizarro recordou a “enorme vitória nas eleições autárquicas” de Costa, considerando que “é sempre um motivo de satisfação ver esta aproximação” entre Porto e Lisboa.
“Aliás, durante a campanha eleitoral, eu fiz aqui no Porto reuniões com o Dr. António Costa e assumimos a intenção futura de uma aproximação entre as câmaras do Porto e Lisboa. Ela far-se-á neste contexto. Há muitos problemas que são similares às duas grandes cidades”, afirmou.
Na opinião de Manuel Pizarro, há “muitas razões” para esta proximidade porque “há uma comunhão de ideias, nomeadamente relativamente à prioridade à reabilitação urbana que é essencial para a economia e para a melhoria de qualidade de vida das cidades”.
Sobre a renúncia ao mandato de vereador do candidato do PSD, Luís Filipe Menezes – que ficou em terceira posição nas eleições autárquicas – Manuel Pizarro não quis fazer qualquer comentário.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico