Um representante do Movimento Médicos Unidos admitiu hoje a possibilidade de ser feito um novo protesto de médicos com bata branca, desta vez na Assembleia da República, com o apoio de associações de doentes e utentes.
Carlos Cortes, um dos fundadores do Movimento Médicos Unidos, falava durante a concentração de médicos com bata branca, em frente ao Ministério de Paulo Macedo, cujo nome foi seguido de um forte vaia por parte dos manifestantes.
Na sua intervenção, Carlos Cortes sublinhou a amplitude deste protesto e deixou um apelo a Paulo Macedo: “Sr. ministro, respeite os profissionais”.
Para Carlos Cortes, a greve de hoje e a manifestação dos médicos constituem “um ato médico”.
Revelando-se otimista nas negociações com a tutela, que deve recomeçar na sexta-feira, após a greve, Carlos Cortes não descartou a hipótese de uma nova manifestação se as ações de hoje não obtiverem resultados.
O novo protesto, avançou, poderá realizar-se na Assembleia da República, também com médicos vestidos de bata branca, mas, desta vez, com o apoio de doentes e de utentes do Serviço Nacional de Saúde.
Desde as 15:00 que centenas de médicos estão reunidos em frente ao Ministério da Saúde, numa manifestação que tem contado com várias intervenções de dirigentes sindicais e representantes do setor, nomeadamente estudantes e jovens médicos.