A derrota dos porcos


Faltam quatro dias para a posse de Trump e os derrotados de 8 de novembro de 2016 estão a mostrar que a sua retórica liberal e democrática é uma capa para esconder a sujeira


O espetáculo dado pela imprensa norte–americana, liberal e muito democrática, na transição do presidente eleito só é comparável a um bando de porcos numa pocilga. Um espetáculo que foi atentamente seguido e ampliado pelos jornalistas europeus e um pouco por todo o mundo. As pocilgas, nesta matéria, mostraram uma excelente organização.

O último ato nojento aconteceu com a divulgação de um relatório falso sobre orgias de Trump na Rússia. Um documento com 34 páginas que andou de mão em mão até chegar aos serviços secretos e que foi divulgado pela CNN sem a mínima hesitação ou pudor.

Claro que os outros meios de comunicação social correram logo para a pocilga com a revelação de pormenores e, para dar um ar sério ao assunto, organizaram de imediato muitos debates sobre deontologia e convidaram analistas e comentadores para o grande festim na pocilga. Este último ato desesperado de quem nunca aceitou a estrondosa derrota de 8 de novembro vem, aliás, na sequência de outros episódios nojentos organizados durante a campanha eleitoral.

É bom recordar a divulgação de uma conversa privada entre Trump e um apresentador televisivo, gravada ilegalmente há mais de dez anos, e que foi reproduzida sem qualquer pudor nos Estados Unidos e por todo o mundo.

Os grandes jornalistas, que andam sempre com a deontologia na boca, arranjaram imensos argumentos para violarem as regras mais básicas da profissão. E, como de costume, rodearam-se de muitas sumidades para justificar o injustificável, ao mesmo tempo que esfregavam as mãos por terem dado cabo da campanha do candidato republicano e ajudado a sra. Clinton a ser primeira mulher na Casa Branca.

Claro que a seguir a mais este espetáculo de pocilga apareceram logo imensas sondagens com Trump em queda e Hillary em alta. Mas os espetáculos de pocilga não se ficaram por aqui.

Os liberais muito democratas, que adoram ser politicamente corretos e falam muito em direitos humanos, direitos das mulheres, das minorias, em favor dos imigrantes e dos refugiados, espalharam que a mulher de Trump, uma emigrante eslovena de 46 anos, ex-modelo, tinha sido acompanhante de luxo.

Como nada abalava a determinação do novo presidente e as sondagens mostravam que o republicano continuava firme na corrida contra a sra. Clinton, os porcos democratas de serviço meteram uns dólares nas mãos de quatro senhoras para contarem em público as suas aventuras sexuais com Trump há mais de 20 anos.

O espetáculo da pocilga foi obviamente muito divulgado, com as mulheres da pocilga a darem muitos gritinhos de indignação pelo facto de um predador sexual chegar à Casa Branca.

A nojeira democrata e dos seus lacaios na comunicação social podia ter acabado a 8 de novembro com a vitória do republicano e os porcos recolhidos na pocilga a chafurdarem, infelizes, na porcaria. Mas não. Fizeram tudo o que era possível e impossível para perturbarem a transição, com a preciosa ajuda de Barack Obama, um dos piores presidentes da história dos EUA, que andou até ao fim a bater na tecla da interferência russa nas eleições, com sanções a Moscovo incluídas, e mandou o seu rafeiro Kerry fazer uma declaração de guerra a Israel e uma defesa muito sentida dos terroristas palestinianos.

Mas a quatro dias da posse de Donald Trump como o 45.o presidente dos Estados Unidos, é bom lembrar aos porcos democratas e liberais norte-americanos, e aos seus fiéis seguidores na Europa e no mundo, que o candidato republicano vai mesmo para a Casa Branca. Habituem-se. Trump e o seu governo vão mudar os Estados Unidos e o mundo. Habituem-se. Desta vez, os porcos não ganharam. Perderam em toda a linha uma das grandes batalhas que estão a ser travadas um pouco por todo o lado contra o politicamente correto e os sistemas que não olham a meios para atacarem e destruírem o mundo novo que está a nascer nos Estados Unidos da América, na Europa e no mundo.

Sim, ao contrário do que escreveu George Orwell na década de 40 do século xx, desta vez, os porcos perderam. Talvez seja altura de alguém recordar em livro esta histórica campanha presidencial norte-americana como “A Derrota dos Porcos”.

 

Jornalista