Um almoço socrático a lembrar Estaline


José Sócrates quer marcar o seu terreno e não prescinde de dar umas bicadas em António Costa que se afastou, e bem, de todo o processo judicial que envolve o antigo primeiro-ministro.


À Justiça o que é da Justiça, à política o que é da política. Sócrates pode ter muitos defeitos, mas a ingenuidade não faz parte do seu vocabulário. Ao aparecer dia sim, dia não, quer, obviamente, mostrar que pode fazer estragos ao governo e que vai chatear o que puder António Costa. Está-lhe no sangue e o lançamento do livro em outubro será mais uma oportunidade de ganhar espaço mediático. É de crer que o livro será um sucesso, pois o próprio se seguir a mesma estratégia que adotou no último, as edições vão suceder-se umas às outras. Afinal, o amigo Carlos Santos Silva poderá sempre dar uma ajuda.

O que se viu no almoço de Sócrates no passado sábado foi penoso. Um homem sem tropas a gritar que vai conquistar o mundo. Acabou por ser ternurento ver 200 fãs do antigo líder do PS a gritarem pelo nome do partido. Fez-me lembrar, de certa forma, os comícios que todos os anos os saudosistas de Estaline fazem em Moscovo. Mas o animal feroz de outros tempos mostrou-se cansado e abatido. O mau feitio mantém-se e a resiliência também.

É lógico que os amigos o defendam, seria até de mau gosto José Lello e outros socráticos afastarem-se, mas não se entende, como diz Ana Gomes, que outros nomes fortes do Partido Socialista não se distanciem deste regresso encapotado. “Vejo o convite com preocupação, porque vem de setores que acham que a imagem de José Sócrates é recuperável. E eu acho que ela é extremamente danosa para o PS e para o país, e tem de ser o PS o primeiro a reconhecê-lo e não o contrário. Terão de ser o mesmo tipo de pessoas que alinham no mesmo tipo de esquemas e efabulações, para não dizer pior, que estão interessadas em recuperar a imagem de José Sócrates e em voltar a associá-lo com o partido”, afirmou a eurodeputada. Ainda há quem veja aquilo que é evidente…

 

Um almoço socrático a lembrar Estaline


José Sócrates quer marcar o seu terreno e não prescinde de dar umas bicadas em António Costa que se afastou, e bem, de todo o processo judicial que envolve o antigo primeiro-ministro.


À Justiça o que é da Justiça, à política o que é da política. Sócrates pode ter muitos defeitos, mas a ingenuidade não faz parte do seu vocabulário. Ao aparecer dia sim, dia não, quer, obviamente, mostrar que pode fazer estragos ao governo e que vai chatear o que puder António Costa. Está-lhe no sangue e o lançamento do livro em outubro será mais uma oportunidade de ganhar espaço mediático. É de crer que o livro será um sucesso, pois o próprio se seguir a mesma estratégia que adotou no último, as edições vão suceder-se umas às outras. Afinal, o amigo Carlos Santos Silva poderá sempre dar uma ajuda.

O que se viu no almoço de Sócrates no passado sábado foi penoso. Um homem sem tropas a gritar que vai conquistar o mundo. Acabou por ser ternurento ver 200 fãs do antigo líder do PS a gritarem pelo nome do partido. Fez-me lembrar, de certa forma, os comícios que todos os anos os saudosistas de Estaline fazem em Moscovo. Mas o animal feroz de outros tempos mostrou-se cansado e abatido. O mau feitio mantém-se e a resiliência também.

É lógico que os amigos o defendam, seria até de mau gosto José Lello e outros socráticos afastarem-se, mas não se entende, como diz Ana Gomes, que outros nomes fortes do Partido Socialista não se distanciem deste regresso encapotado. “Vejo o convite com preocupação, porque vem de setores que acham que a imagem de José Sócrates é recuperável. E eu acho que ela é extremamente danosa para o PS e para o país, e tem de ser o PS o primeiro a reconhecê-lo e não o contrário. Terão de ser o mesmo tipo de pessoas que alinham no mesmo tipo de esquemas e efabulações, para não dizer pior, que estão interessadas em recuperar a imagem de José Sócrates e em voltar a associá-lo com o partido”, afirmou a eurodeputada. Ainda há quem veja aquilo que é evidente…